Sorocaba, 27 de maio de 2013
A dinâmica das comunidades: sucessão ecológica
Os organismos
que compõem uma comunidade sofrem influencia de seu biótopo, o qual, por sua vez, é modificado localmente em função da atividade
desses mesmos organismos. A atuação dos organismos da comunidade sobre o
biótipo pode provocar alterações no substrato e em outras condições abióticas
locais, tais como temperatura, luz e umidade (microclima). Essas alterações no
biótipo, provocadas pela própria atividade dos organismos que nele ocorrem,
podem estabelecer condições abióticas favoráveis à instalação de outras
espécies e desfavoráveis às espécies já existentes na comunidade.
Assim, apesar de o microclima ser as
mesmo, alterações no substrato e nas condições microclimáticas podem determinar
mudanças nas comunidades ao longo do tempo. Essas mudanças acabam estabelecendo
uma comunidade estável, autorregulada, que não sofre alterações significativas
em sua estrutura. Essa comunidade estável é denominada comunidade de clímax e a
sequência de estágios de seu desenvolvimento é denominada sucessão ecológica.
Cada estágio de sucessão, ou seja, cada comunidade estabelecida durante o desenvolvimento
da comunidade clímax é denominado estágio seral ou série.
A sucessão ecológica pode ser definida
em função de três características básicas:
·
É um processo ordenado e dirigido;
·
Ocorre como resposta às modificações nas condições
ambientais locais, provocadas pelos próprios organismos dos estágios serais;
·
Termina com o estabelecimento de uma comunidade clímax, que
não mais sofre alterações em sua estrutura, desde que as condições microclimáticas
não se alterem.